
Os programas femininos abriram o leque e se transformaram. Agora, eles enfocam um público mais amplo e não só nas mulheres. Horas e horas matinais dedicadas às receitas, dicas de ginástica, ou questões comportamentais foram substituídas ou incrementadas por inserções de jornalismo em tempo real, interatividade com o público - que participa de pautas pela Internet - , e outros assuntos que também despertam a atenção dos homens.
Independentemente da produção, é nítida a transformação dos programas do gênero em todas as emissoras. Na Rede TV!, o Bom Dia Mulher, de Olga Bongiovani, também tem investido menos em pautas unicamente femininas. Segundo Carlos Sartori, diretor da produção, o fato do perfil da mulher ter se modificado nos últimos anos influenciou diretamente os programas femininos.
"Fazíamos coisas para a dona-de-casa. Hoje a mulher trabalha fora. Ninguém tem mais tempo para acompanhar uma receita inteira de culinária", exemplifica Sartori. "Falamos muito para os homens. Da mesma forma que alertamos sobre o câncer de mama, abordamos o câncer de próstata", compara Olga Bongiovani.
As influências mais visíveis de alguns femininos se reflete também nos telejornais. O Hoje em Dia, por exemplo, com notícias e links ao vivo de jornalistas em diversos estados, acabou se transformando também no telejornal do horário do almoço na Record.
O fato é que hoje, o homem assiste os programas antes vistos como "femininos". E isso, não interfere em nada a sua masculinidade.
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